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Estudantes participam de assembleia do programa educacional de mediação

Jovens compartilham histórias e são motivados a perceber que integram unidade educacional e precisam de mudanças para melhor convivência

Alunos durante assembleia do programa
educacional de mediação: assembleia escolar Alunos durante assembleia do programa educacional de mediação: assembleia escolar

A turma do quarto ano da Escola Municipal de Tempo Integral Rui Rodrigues, localizada na GO-403, participou, nesta semana, de um momento dentro da sala de aula conhecido como assembleia escolar. A iniciativa integra o programa educacional de Mediação de Conflitos, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SME), da Prefeitura de Goiânia, com estudantes, profissionais e famílias da comunidade escolar.

Durante a assembleia, conduzida pelo professor facilitador Fabiano Olinto, os estudantes e a professora regente da sala participaram da dinâmica da bola, onde falaram sobre sentimentos, do que gostam e do que não gostam na escola. Por mais de uma hora, os estudantes compartilharam histórias e foram motivados a respeitar os colegas, perceber que eles integram a unidade educacional e precisam de mudanças para melhor convivência e cultura de paz.

Segundo Fabiano Olinto, alguns dias após a assembleia, o facilitador volta à turma e realiza outro momento para verificar resultados e mudanças entre os estudantes. “Fizemos a assembleia escolar e a pós-assembleia. As crianças falam de ansiedade, bullying, brigas, xingamentos e tudo que atrapalha a sala de aula. Ao final, fazemos um acordo de atitudes e ações que podem ser realizadas para que haja mudanças positivas. Depois, retornamos à turma. Também encaminhamos para as escolas as sugestões dos estudantes”, ressalta.

O programa educacional de Mediação de Conflitos da SME, por meio da Comissão de Mediação Educacional, atendeu 8.087 estudantes e servidores em 2023. Desses, 3.122 eram estudantes de 99 unidades educacionais. Em 2024, já foram atendidas 2.713 crianças e adolescentes matriculados na rede. O programa funciona desde 2017.

Por semana, são realizadas cerca de 62 ações, dentre os círculos de justiça restaurativa e construção de paz, assembleias, pré-mediação, mediações e apresentação do programa. A equipe da comissão é formada por 16 professores com formação em mediação educacional e facilitadores de círculo de justiça restaurativa e construção de paz, formados pelo Tribunal de Justiça (Programa Pilares).

Os professores são preparados para realizar o processo de mediação com todos os estudantes, servidores e familiares, seguindo os princípios da voluntariedade, confidencialidade e imparcialidade. A ação tem como foco fortalecer vínculos nas relações interpessoal e prevenir a violência no contexto escolar, fortalecer uma cultura de paz e diálogo em escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis).

Os trabalhos são desenvolvidos diretamente nas unidades educacionais por meio de diferentes metodologias, que são círculos de justiça restaurativa e construção de paz, assembleias educacionais, mediação, conversas sobre comunicação não violenta, e implantação de Núcleo de Mediação na escola.

Bem-estar

De acordo com Clédia Maria Pereira, coordenadora da comissão de mediação educacional da SME. “É um privilégio realizar esse trabalho. Toda a equipe se sente bem e feliz, pois é uma via de mão dupla: quando proporcionamos o bem-estar ao outro, consequentemente recebemos”, pontua.

A comunidade escolar pode solicitar o atendimento pelo e-mail [email protected]. Após o contato inicial, uma equipe avalia quais as metodologias necessárias, como, por exemplo, pré-mediação, assembleias, círculos de justiça restaurativa e construção de paz, para contribuir com a resolução do conflito.

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