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Renato Cariani: esquema de desvio para fabricação de crack e cocaína

As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão

Imagem ilustrativa da imagem Renato Cariani: esquema de desvio para fabricação de crack e cocaína

A empresa Anidrol, de propriedade do influenciador Renato Cariani, está sendo investigada pela Polícia Federal (PF). A indústria tem como sócios, o influenciador fitness Renato Cariani, 47 anos e Roseli Dorth. A polícia informou que os alvos da Operação Hinsberg, deflagrada na manhã de hoje, são suspeitos de desviar 12 toneladas de produtos químicos utilizados na produção de crack e cocaína.

Renato Cariani se defendeu das acusações através de um pronunciamento em suas redes sociais:

A investigação da Polícia Federal revelou que o esquema era desenvolvido através de emissão fraudulenta de notas fiscais através de empresas que possuíam licença para comercializar produtos químicos na cidade de São Paulo, por meio de um esquema de “laranjas” que realizavam diversos depósitos bancários em dinheiro como se fossem funcionários de empresas multinacionais e vítimas que tinham papel de compradoras.

No curso das investigações, o departamento de inteligência da Polícia Federal conseguiu identificar cerca de 60 transações bancárias frutos de dissimulação e vinculadas à atuação da referida organização criminosa, os produtos comercializados totalizaram em cerca de 12 toneladas de produtos, dentre os produtos estão a fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila.

A combinação dos produtos correspondem a mais de 19 toneladas de cocaína e crack refinadas e prontas para o consumo.

Renato Cariani: esquema de desvio para fabricação de crack e cocaína
Renato Cariani: esquema de desvio para fabricação de crack e cocaína Renato Cariani: esquema de desvio para fabricação de crack e cocaína Renato Cariani: esquema de desvio para fabricação de crack e cocaína

Ainda de acordo com a polícia, as pessoas envolvidas no esquema trabalhavam utilizando diversos modus operandi com fito de ocultar e dissimular a procedência ilícita do dinheiro recebido, dentre eles empresas de fachada. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, em endereços de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

Renato ampliou sua imagem após receber visita do ex-presidente Jair Bolsonaro no Centro de Treinamento que foi alvo da operação de hoje.

A polícia informou que pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro. As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão.

O nome da operação faz alusão a Oscar Hinsberg, químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Tal substância foi o principal insumo químico desviado.

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