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A temporada de 2023/24 na Europa tem comprovado uma teoria: Harry Kane é um dos jogadores mais azarados da história do futebol. Aos 30 anos de idade, o centroavante inglês é um dos maiores artilheiros da atualidade e não deixa dúvidas sobre suas qualidades técnicas, porém, mesmo fazendo a sua parte dentro de campo, ele segue sem conquistar um único título na carreira.
Com tantas decepções e vice-campeonatos pelo Tottenham e Seleção Inglesa, ele decidiu trocar de ares no ano passado e partir para o futebol alemão, defendendo o Bayern de Munique, time que dominou o campeonato local nos últimos 11 anos. O movimento era claro: ir para um grande clube do futebol mundial e ser campeão.
No entanto, a temporada 2023/24 colocou um obstáculo inesperado no caminho de Kane, o Bayer Leverkusen de Xabi Alonso, que nada a braçadas para enfim levantar seu primeiro troféu da Bundesliga. Na Copa da Alemanha, o time de Munique não passou da segunda fase, sendo surpreendido pelo modesto FC Saarbrucken, que disputa a terceira divisão nacional.
Sobra então a Champions League, mas entre os oito times restantes, o Bayern é apenas o quarto mais cotado nas casas de apostas online para vencer o torneio europeu, com valores a 8,00, atrás de Real Madrid (7,50), Arsenal (6,00) e Manchester City (2,80). Caso não consiga a “Orelhuda”, Harry Kane entrará de vez para o hall dos jogadores mais azarados do mundo, juntando-se a um grupo que ele não gostaria de fazer parte.
Michael Ballack
Em 2002, Michael Ballack era um dos grandes nomes do futebol alemão. Aos 25 anos de idade, ele vivia o auge da carreira e era a referência de um Bayer Leverkusen que liderava a Bundesliga com cinco pontos de vantagem faltando três rodadas para o fim. Com uma reviravolta surpreendente, os Leões acabaram cedendo o título para o Borussia Dortmund por um ponto.
A equipe ainda perderia outras duas finais naquela temporada com Ballack em campo, a Copa da Alemanha para o Schalke 04 e a Champions para o Real Madrid. No mesmo ano, Ballack disputou a Copa do Mundo pela Alemanha e era um dos destaques do Mundial, sendo o herói das quartas e semifinal. No entanto, ele tomou o segundo cartão amarelo contra a Coreia do Sul e acabou ficando de fora da decisão, assistindo de longe o Brasil ser pentacampeão.
Sergio Aguero
Um dos maiores ídolos da história do Manchester City, Sergio Aguero resolveu deixar o time inglês em 2021 para jogar no Barcelona ao lado de seu amigo e companheiro de seleção Lionel Messi. No entanto, ao chegar no time catalão, o atacante foi surpreendido com a saída do camisa 10 para o PSG, e acabou vivendo “sozinho” uma das piores fases do Barça nas últimas décadas.
Para piorar, Aguero foi diagnosticado ainda em 2021 com uma arritmia cardíaca que o forçou a abandonar a carreira de jogador. Exatamente um ano depois, ele via de fora a Argentina ser tricampeã mundial no Qatar e, como se não bastasse, em 2023, seu ex-time, o City, conquistaria enfim sua primeira Champions. Dois títulos que ele perseguiu durante toda a carreira e perdeu a chance de faturar.
Alexandre Gallo
O ex-volante brasileiro é o típico caso de quem está no lugar certo na hora errada. Como atleta profissional, Alexandre Gallo comemorou apenas três conquistas estaduais, por São Paulo, Atlético-MG e Corinthians, mas a prateleira dele poderia ser mais cheia de troféus se ele não colecionasse importantes vice-campeonatos.
O primeiro deles aconteceu em 1995, quando o Santos perdeu o Campeonato Brasileiro de forma controversa para o Botafogo. No ano seguinte, Gallo foi para a Portuguesa, e novamente perdeu a decisão nacional, desta vez para o Grêmio. Três anos depois, perdeu seu terceiro Brasileirão, desta vez para o Timão, enquanto defendia o Galo Mineiro. Já em 2001, foi para o próprio Corinthians e acabou vendo o Grêmio conquistar a Copa do Brasil em pleno Morumbi.
Zlatan Ibrahimovic
Quem ouve falar no nome de Zlatan Ibrahimovic logo recorda de lances extraordinários, gols e títulos. Porém, o que poucos lembram foi a maré de azar vivida pelo atacante sueco entre 2010 e 2011. Ídolo na Inter de Milão, ele saiu do time italiano em 2009 para se juntar ao poderoso Barcelona, então campeão europeu. Só que logo na primeira temporada, os espanhóis acabaram eliminados na semifinal da Champions justamente pelo ex-time de Ibra, que terminou com o título.
A relação do jogador com o técnico Pep Guardiola na Espanha não era das melhores, e o sueco acabou deixando o Barça em 2010 após atritos com o comandante. O resultado? No ano seguinte, viu a equipe vencer a Liga dos Campeões mais uma vez, perdendo nova chance de vencer o torneio que nunca conquistou na carreira.
